Você criou em sua mente milhares de muros invisíveis e guardas imaginários. Você vive numa cela construída por expectativas alheias, por um medo crônico de não ser aceito.
Não é que você não saiba quem você é, é que teve medo de descobrir como viver com autenticidade.
Desde cedo, foi ensinado a obedecer, a encaixar, a repetir. A sua autenticidade foi vista como um risco. Ser você mesmo se tornou um ato de coragem, quando deveria ser o seu ponto de partida.
E essa voz que te paralisa, geralmente vem de pessoas que não construíram nada com coragem.
Elas não correram riscos, não se reinventaram, não fizeram a travessia, mas opinam sobre o mundo com você como se tivessem mapas de sucesso, realização e propósito.
O seu cérebro, numa tentativa desesperada de te manter vivo, te sabota. Quer que você sobreviva. Toda vez que você tenta sair do padrão, ele traz a sensação de ansiedade, comparação, medo de rejeição.
Eu sei o que é isso e é normal. Na verdade, é biológico. O nosso sistema límbico grita: “Não se destaque, não fuja do bando”. Isso era útil quando um erro significava ser devorado por um predador antigamente.
Hoje, isso só significa não postar um projeto maneiro que surgiu da sua cabeça, não iniciar com as pequenas ações que vão te levar ao seu objetivo, não viver a sua verdade com gosto. Vai e tire tudo do papel. Suas ideias. Seus projetos. Seus anseios. Seus sonhos. Definitivamente, sua vida.
Por hora, você sobrevive. Está respirando, mas morto por dentro. A mente foi condicionada a priorizar conforto em vez de expansão. Só que ninguém cresce onde está confortável e nenhuma versão extraordinária nasce dentro da zona segura.
Viver com autenticidade é escolher ser íntegro num mundo que recompensa personagens. É ir contra a corrente de aprovação social. É falar a verdade, mesmo que a voz trema. E a verdade é que as críticas mais duras vêm de quem desistiu de si mesmo.
Não viva tentando provar nada pra ninguém. Prove pra você que pode viver sem máscara de mídias sociais, acordar e não sentir vergonha da sua existência e criar algo que vem do coração, mesmo que ninguém aplauda. No fim, o silêncio da autenticidade é mais digno que o aplauso da mentira.
Você não precisa ser compreendido, apenas real. Um dia você vai olhar pra trás e perceber que passou décadas tentando ser aceito por pessoas que nem sabiam quem eram. Enquanto isso, sua alma gritava por um espaço pra existir.
Destrua os muros que nunca existiram e mate todos guardas imaginários dessa cela. Saia dai e viva com autenticidade de ser quem você é.
Durante esse caminho, que a graça te siga.